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Trump, Big Tech e o Futuro da IA: Uma Aliança Inesperada?

O Jogo de Poder por Trás da Ascensão de Trump e o Papel da Inteligência Artificial

Donald Trump, conhecido por sua retórica inflamada contra as grandes corporações – Big Tech, Big Media, Big Money e Big Pharma –, protagoniza agora uma reviravolta política que intriga e preocupa. Sua recente ascensão ao poder, marcada por alianças estratégicas com figuras antes consideradas seus opositores, levanta questionamentos sobre os verdadeiros interesses em jogo e o futuro da Inteligência Artificial nesse novo cenário.

Anteriormente, Trump utilizava o termo "Deep State" para se referir a um suposto grupo de indivíduos poderosos que controlavam os bastidores do poder. Big Tech, personificada pelo Vale do Silício, com gigantes como Facebook e Twitter que o baniram de suas plataformas, era um alvo frequente de suas críticas. Wall Street (Big Money) e a mídia tradicional (Big Media) também estavam em sua mira. Curiosamente, agora, essas mesmas figuras compõem seu círculo de influência. A posse de Trump contou com a presença de personalidades como Sergey Brin (Google), Jeff Bezos (Amazon), Sam Altman (OpenAI), Sundar Pichai (Google), Larry Ellison (Oracle) e Elon Musk, demonstrando uma mudança drástica em seu posicionamento político.

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A Escolha Estratégica de Jade Vance e a Influência de Peter Thiel

Um ponto crucial para entender essa mudança de cenário é a escolha de Jade Vance como vice-presidente. Um nome relativamente desconhecido, sem grande expressão política, sua nomeação levanta suspeitas sobre acordos e influências ocultas. Vance é pupilo de Peter Thiel, cofundador do PayPal e investidor inicial do Facebook, mas, mais importante, criador da Palantir Technologies, empresa conhecida por seus softwares de vigilância utilizados por agências de inteligência como a CIA. A Palantir, financiada majoritariamente por Thiel e pela In-Q-Tel (incubadora da CIA), aproxima Vance e, consequentemente, Trump, do universo da tecnologia e da vigilância.

A ligação com a biotecnologia também é evidente nos investimentos de Vance em empresas do setor. Esse cenário sugere um interesse estratégico na área, especialmente considerando o potencial lucro em caso de novas pandemias. Vivek Ramaswamy, outro bilionário ligado à biotecnologia e à indústria farmacêutica, foi nomeado por Trump para o Departamento de Eficiência Governamental, ao lado de Elon Musk. A breve parceria entre Musk e Ramaswamy, marcada por desentendimentos e pela posterior saída de Ramaswamy, demonstra a complexidade das relações de poder nesse novo cenário.

Elon Musk: O Verdadeiro Vice-Presidente?

A figura de Elon Musk emerge como uma peça-chave nesse jogo de poder. Sua influência sobre Trump é inegável, e muitos especulam que ele seja o verdadeiro vice-presidente nos bastidores. Seus investimentos em Vance e sua proximidade com Trump lhe garantem acesso privilegiado e a possibilidade de fechar acordos lucrativos relacionados às suas empresas, como a SpaceX. A frase de impacto utilizada por Trump em seu discurso de posse – "Estamos levando o Destino Manifesto para Marte" –, reforça a centralidade de Musk e seus projetos espaciais nesse novo governo. Essa aliança entre Trump e as grandes corporações, antes criticadas pelo então candidato, configura um "bond" difícil de ser rompido, criando um cenário político inédito e potencialmente preocupante.

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O Futuro da IA e as Preocupações com a OpenAI

Essa nova configuração de poder levanta sérias preocupações com relação ao futuro da Inteligência Artificial. A OpenAI, criada inicialmente por Elon Musk como um projeto open source, seguro e sem fins lucrativos, transformou-se em uma empresa com fins lucrativos e código fechado, causando o rompimento de Musk com o projeto. A nomeação de Sam Altman, CEO da OpenAI, como uma figura central no governo Trump, acendeu um alerta para Musk, que passou a questionar publicamente as intenções da OpenAI e de seu CEO. A revelação de que Altman, em 2020, agradeceu publicamente a Reid Hoffman (criador do LinkedIn) por seus esforços para impedir a vitória de Trump nas eleições, intensificou as desconfianças e gerou um atrito público entre Musk e Altman.

A preocupação de Musk com o desenvolvimento da Inteligência Artificial remonta a 2014, quando ele alertou sobre os perigos de uma IA sem parâmetros de segurança, comparando sua criação à "invocação de um demônio". O desenvolvimento acelerado da IA, com o surgimento de modelos de linguagem cada vez mais sofisticados, como o próprio GPT da OpenAI, torna os alertas de Musk ainda mais relevantes. A capacidade da IA de criar sua própria linguagem, como demonstrado pelo desenvolvimento de uma linguagem própria pelo GPT-3, ilustra a complexidade e os potenciais riscos dessa tecnologia. A formação de um "bond" entre o governo Trump, Big Tech e a indústria da IA, sem a supervisão e os parâmetros de segurança defendidos por Musk, pinta um futuro incerto e potencialmente perigoso para a humanidade.

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Trump, Big Tech e o Futuro da IA: Uma Aliança Inesperada?

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