Um novo gerador de imagens por IA, o Flux, tem causado grande impacto na comunidade de arte digital. Desenvolvido pela Black Forest Labs, formada por ex-funcionários da Stability AI, o Flux se apresenta não como um "matador de Midjourney", mas como uma evolução promissora do Stable Diffusion. Sua natureza open source e gratuita o torna uma ferramenta acessível e com potencial ilimitado para inovação.
Gráficos comparativos demonstram que o Flux .1 supera modelos como Stable Diffusion 3 Ultra, Midjourney V6, DALL-E 3 e até mesmo o Imagen, do Google. Testes com prompts clássicos, como o "homem de terno azul andando por uma rua movimentada", revelam a capacidade do Flux de gerar imagens fotorrealistas com profundidade de campo e bokeh impressionantes. A integração natural dos elementos na cena e a qualidade das texturas de pele e roupa demonstram um salto de qualidade em relação ao Stable Diffusion 3, que, apesar da precisão técnica, frequentemente carece de dinamismo e personalidade.
O Flux oferece três versões: Flux Pro (uso comercial), o modelo Dev (não comercial) e o Flux Schnell (versão rápida). Comparando o modelo Dev com o Schnell, nota-se que o Schnell produz imagens mais saturadas, com aspecto HDR e texturas menos detalhadas. Já os modelos Pro e Dev tendem ao fotorrealismo. Em estilos fotográficos e cinematográficos, o Flux demonstra grande proficiência, gerando imagens comparáveis ao Midjourney V6.1, com personagens mais naturalistas e integração de luz e cor impressionante. Apesar de alguns detalhes de fundo ainda precisarem de aprimoramento, o potencial para gerar imagens de alta qualidade é evidente.
Um dos grandes destaques do Flux é a sua capacidade de gerar texto dentro das imagens, com diferentes fontes e estilos, algo ainda limitado em outras plataformas. Experimentos com a criação de logotipos e camisetas demonstram essa capacidade, embora haja espaço para melhorias na precisão da renderização do texto. A geração de imagens de mãos e dedos também é considerada um ponto forte, com resultados promissores, ainda que alguns detalhes, como o comprimento dos dedos, possam apresentar pequenas inconsistências.
O Flux, por ser open source, está em constante evolução. Atualmente, apresenta limitações como a ausência de upscaling, inpainting e image-to-image nativos. No entanto, soluções alternativas já estão disponíveis, como o uso de plataformas externas para upscaling e a utilização de aplicativos que geram prompts a partir de imagens para simular o image-to-image. A integração com plataformas como Wand demonstra o rápido desenvolvimento de ferramentas que complementam o Flux, adicionando recursos como inpainting diretamente na plataforma.
O futuro do Flux é promissor, com a equipe da Black Forest Labs já demonstrando exemplos de geração de vídeo a partir de texto. A qualidade e o realismo das animações apresentadas sugerem um grande potencial para revolucionar a produção de conteúdo audiovisual. A natureza open source do Flux garante uma comunidade ativa e engajada, impulsionando o desenvolvimento e a expansão de suas funcionalidades. O Flux não se propõe a substituir outras plataformas, mas a oferecer uma alternativa robusta e acessível, fomentando a inovação e a democratização da geração de imagens por IA.
