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Doom: A Revolução da IA na Criação de Jogos em Tempo Real

Em março de 2024, Jensen Huang, CEO da Nvidia, previu a chegada de jogos gerados por IA em menos de 10 anos. Sua visão era de Redes Neurais de IA construindo o jogo em tempo real, pixel por pixel, à medida que o jogador avançasse. Poucos meses depois, o Google DeepMind revelou uma tecnologia que sugere que essa realidade já é possível.

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Simulando Doom com Redes Neurais

O Google DeepMind apresentou um sistema capaz de simular o jogo Doom em tempo real utilizando um modelo de IA chamado "Game Engine". Esse modelo, baseado em difusão generativa, aprende a simular o jogo como um "cérebro digital" que sonha com o mundo e seus eventos enquanto você joga. Para compreender o impacto dessa conquista, é preciso entender o legado do jogo Doom e sua influência no mundo da tecnologia.

Doom, lançado em 1993, popularizou os jogos de tiro em primeira pessoa com gráficos 3D revolucionários para a época. A genialidade de John Carmack, criador do motor gráfico do jogo, permitiu que hardwares limitados da época rodassem gráficos tridimensionais complexos, abrindo caminho para a indústria de jogos que conhecemos hoje.

A busca por rodar Doom em dispositivos improváveis se tornou um desafio entre entusiastas de tecnologia, com o jogo sendo adaptado para funcionar em plataformas inimagináveis, como testes de gravidez, microondas e até em culturas de neurônios humanos. No entanto, todas essas adaptações ainda dependiam do código original escrito por humanos, limitando as possibilidades do jogo.

A Ascensão das Máquinas Criativas

O modelo "Game Engine" do Google DeepMind quebra essa barreira, utilizando uma rede neural treinada para gerar o ambiente e as interações do jogo Doom em tempo real, sem depender de código pré-programado por humanos. Essa abordagem, baseada em aprendizado de máquina, abre um leque infinito de possibilidades para a criação de jogos e experiências interativas imersivas.

O processo de treinamento da IA envolveu o uso de agentes inteligentes que jogavam Doom e coletavam dados sobre as ações e seus efeitos no jogo. Esses dados, devidamente rotulados, alimentaram o modelo de difusão, ensinando-o a prever e gerar as consequências de cada ação do jogador, como atirar, mover-se e interagir com o ambiente.

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Redes Neurais: Simulando a Realidade Pixel por Pixel

Os resultados obtidos pelo Google DeepMind são impressionantes. Testes com jogadores humanos demonstraram que a qualidade da simulação gerada pela IA é praticamente indistinguível do jogo original em termos de jogabilidade e fidelidade visual, especialmente em sequências curtas. Essa conquista representa um passo significativo para a concretização da visão de jogos totalmente gerados por IA.

A capacidade de criar mundos e experiências interativas em tempo real, sem a necessidade de codificação manual, tem o potencial de revolucionar a indústria de jogos e entretenimento. A IA poderá gerar ambientes complexos e imprevisíveis, adaptando-se ao estilo de jogo e às decisões do jogador, proporcionando experiências personalizadas e únicas.

Ainda que em estágio inicial de desenvolvimento, a tecnologia "Game Engine" do Google DeepMind demonstra o potencial disruptivo da IA na criação de conteúdo digital e abre caminho para um futuro emocionante na intersecção entre inteligência artificial e entretenimento.

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Referência

Doom: A Revolução da IA na Criação de Jogos em Tempo Real

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