A tecnologia, em sua constante evolução, nos apresenta ferramentas que antes eram vistas com receio e desconfiança. O celular, por exemplo, já foi um objeto de estranhamento, mas hoje se tornou indispensável, um item de desejo, principalmente entre os jovens. Essa mudança de perspectiva, de resistência à adoção, é um reflexo da capacidade da tecnologia de simplificar tarefas e otimizar o nosso tempo. Minha própria jornada com a automação começou com a necessidade, impulsionada pela busca de eficiência no trabalho como vendedora externa. A praticidade do GPS e a agilidade do e-mail me conquistaram, e a partir daí, a automação se tornou uma obsessão.

Duas horas diárias dedicadas a imprimir mapas se tornaram coisa do passado com a chegada do smartphone e seus aplicativos. Esse ganho de tempo despertou em mim uma inquietação: como automatizar outras tarefas e economizar ainda mais tempo? Não se trata apenas de dinheiro, mas também da gestão eficiente do nosso recurso mais precioso: o tempo. Não me considero uma especialista em tecnologia, mas sim uma estrategista na busca por ferramentas que otimizem o meu dia a dia. A automação se tornou a chave para o meu sucesso, permitindo-me focar em atividades estratégicas e delegar tarefas repetitivas a sistemas inteligentes.
A automação não se limita ao mundo corporativo. Ela pode, e deve, ser aplicada em nossas vidas pessoais. O medo da desumanização pela tecnologia, ou simplesmente o medo do fracasso, nos impede de explorar as infinitas possibilidades da Inteligência Artificial. Em minha experiência, aprendi que o fracasso faz parte do processo. O importante é falhar rápido, aprender com os erros e seguir em frente. Automatizei tudo o que pude: agenda de eventos, lembretes de aniversários, postagens em redes sociais, tarefas escolares da minha filha e até ideias para o "Duende na Prateleira" durante o Natal. Tudo isso graças à combinação de ferramentas de RPA (Robotic Process Automation) e Inteligência Artificial Generativa.
Robotic Process Automation, ou RPA, não se trata de robôs dominando o mundo, mas sim de pequenos ajudantes virtuais que executam tarefas rotineiras com precisão e eficiência. Imagine um assistente incansável, que nunca erra e trabalha 24 horas por dia, sem precisar de café. Esses "duendes" digitais podem automatizar desde o cadastro de clientes em um CRM até o atendimento telefônico. Em sua essência, as ferramentas de RPA são sistemas de processamento de workflows que permitem criar cenários do tipo "se isso acontecer, então faça aquilo".
Um exemplo prático é a automatização da agenda escolar da minha filha. Fotografo a lista de eventos fornecida pela escola, utilizo o ChatGPT para convertê-la em uma planilha e, em seguida, configuro minha ferramenta de RPA para criar eventos no meu calendário para cada linha da planilha. Pronto! Um ano inteiro de eventos escolares agendados em minutos, algo que antes me tomava horas. A combinação do RPA com a IA Generativa é onde a mágica acontece, permitindo automatizar tarefas complexas de forma simples e intuitiva. Nem sempre funciona perfeitamente na primeira tentativa, como no caso dos e-mails automatizados de aniversário que não consideravam os anos bissextos. Mas o aprendizado e o ajuste fazem parte do processo. O importante é identificar a necessidade e encontrar as ferramentas certas para automatizá-la.
A Inteligência Artificial é uma ferramenta poderosa que nos permite otimizar o tempo e focar no que realmente importa. Não devemos temê-la, mas sim abraçá-la como uma aliada em nossa jornada rumo à eficiência e à liberdade. Comece pequeno, automatize uma tarefa e sinta a diferença. Lembre-se: a mudança não é algo ruim, e o fracasso não é o fim. São apenas etapas em um processo contínuo de aprendizado e crescimento. Com a ajuda da IA, podemos nos libertar das tarefas rotineiras e nos concentrar no extraordinário, nos tornando a melhor versão de nós mesmos a cada dia.