O ano era 2018. O Chat GPT surgia, causando um rebuliço inicial e um burburinho crescente ao longo dos anos seguintes. A promessa de uma nova era tecnológica se espalhava, mas junto com a empolgação, uma sombra de dúvida: seria isso realmente revolucionário ou apenas mais um hype passageiro?
A verdade é que, em meio à efervescência da IA, outras áreas inovadoras como carros elétricos, realidade virtual e criptomoedas também estavam em ascensão. No entanto, a inteligência artificial, com sua aura futurista e potencial disruptivo, rapidamente dominou a conversa, ofuscando outros campos promissores.
Essa atenção quase exclusiva à IA gera um risco iminente: a estagnação. Enquanto todos os recursos e atenções se voltam para uma única área, outras possibilidades de inovação são negligenciadas. É como se estivéssemos presos em uma bolha, hipnotizados por um único ponto brilhante enquanto um universo de oportunidades se esconde na periferia da nossa visão.
E o que sustenta essa bolha? A resposta é complexa, mas podemos apontar para a forma como a IA tem sido retratada e consumida: como uma solução mágica para todos os problemas, um atalho para o futuro. Essa visão simplista, amplificada pela mídia e pela própria indústria tecnológica, mascara os desafios e as limitações reais da inteligência artificial.