A OpenAI, criadora do ChatGPT, tornou-se sinônimo de inteligência artificial (IA) generativa. A empresa, que já conquistou uma avaliação de US$ 100 bilhões, chamou a atenção do mundo com a sua tecnologia inovadora, impulsionando uma corrida armamentista entre gigantes da tecnologia como Google, Microsoft e Apple. Mas a jornada da OpenAI não tem sido sem obstáculos.
A empresa, inicialmente criada como uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de beneficiar a humanidade como um todo, viu sua estrutura se transformar em um híbrido complexo entre uma organização sem fins lucrativos e um braço com fins lucrativos, gerando controvérsia. A crescente influência do lucro na OpenAI, e as ambições de Sam Altman, CEO da empresa, levantaram questões sobre a verdadeira missão da OpenAI e o papel de Altman no cenário.
Uma série de eventos recentes lançou luz sobre a fragilidade do sucesso da OpenAI:
* Uma breve "queda" do CEO: Sam Altman, figura central na OpenAI, enfrentou uma breve remoção do cargo de CEO após um processo deliberativo pelo conselho da empresa, alegando falta de transparência em suas comunicações. Apesar de retornar ao cargo em menos de uma semana, o incidente deixou marcas e expôs as tensões internas da empresa.
* Êxodo de talentos: Vários talentos de peso, incluindo co-fundadores, abandonaram a OpenAI, citando o rumo comercial da empresa como principal motivo. A saída de John Schulman, que se juntou à Anthropic, rival da OpenAI apoiada pela Amazon, e a decisão de Ilya Suskovor, co-fundador, de deixar o conselho, são exemplos da desconfiança que paira sobre a OpenAI.
* O dilema da missão original: A mudança de foco da OpenAI para um modelo de negócio lucrativo, com foco em assinaturas, licenciamento e produtos para empresas, gerou debates sobre se a empresa está se desviando da sua missão original de desenvolver IA segura e responsável.