O estudo da Lumafield, que utilizou seus avançados scanners de CT capazes de "enxergar" o interior de objetos em 3D usando raios-X, analisou mais de 1.000 baterias de íons de lítio. Os resultados são um alerta sério: foram descobertos defeitos de fabricação perigosos em células de baixo custo e falsificadas que têm o potencial de causar incêndios e explosões. Imagine a situação: você compra uma bateria "baratinha" para sua bicicleta elétrica, uma ferramenta potente ou até um power bank para seu celular, e sem saber, está introduzindo um risco invisível, mas real, em sua vida. A tecnologia de escaneamento CT da Lumafield permitiu uma análise profunda e detalhada, revelando as falhas estruturais que não seriam visíveis a olho nu, destacando a importância da qualidade na fabricação desses componentes vitais.
As baterias testadas eram do tipo 18650, um formato cilíndrico amplamente utilizado em uma vasta gama de produtos. Sua popularidade reside na boa densidade energética, no formato padronizado e na relativa facilidade de empacotamento em conjuntos maiores. Assim, elas podem ser encontradas em carros elétricos, laptops, vaporizadores, lanternas de alta potência e até mesmo equipamentos médicos. Para realizar a pesquisa, a Lumafield adquiriu baterias de dez marcas distintas, classificando-as em três categorias principais: fabricantes de equipamento original (OEMs) como Samsung e Panasonic, obtidas de fornecedores especializados e com alta reputação; vendedores de "rewraps", que são tipicamente baterias OEM com o envoltório plástico externo substituído, compradas em sites especializados ou lojas próprias da marca; e, por fim, quatro empresas que comercializam baterias de baixo custo ou falsificadas, adquiridas em grandes varejistas online de propósito geral, como Temu. Essa metodologia de amostragem abrangeu o espectro de opções disponíveis para o consumidor médio, garantindo que os resultados refletissem o mercado real.